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"A Bicicleta do Condenado"
"A Bicicleta do Condenado" A Cia. Nossa Senhora do Teatro Contemporâneo, com apoio da Fundação Cultural e em parceria com o Centro Cultural Teatro Guaíra.
O espetáculo integra o Projeto Arrabal, que tem coordenação de Isidoro Diniz, e direção artística a cargo de Maurício Vogue. Ambos são os responsáveis pela idealização da trilogia, cujo objetivo primordial é o estudo e encenação contemporânea da obra do espanhol Fernando Arrabal, um dos autores mais encenados no mundo. A Bicicleta do Condenado conclui esse Projeto, que também trouxe aos palcos, as montagens de "Fando e Lis" (2006) e "Oração" (2007), ambos com êxito de público e crítica. Para garantir continuidade ao intenso trabalho de investigação de linguagem e estética, o processo de ensaios de A Bicicleta do Condenado iniciou imediatamente após o término da temporada de “Oração” (julho de 2007), inclusive com a mesma equipe de criação. Assim como em “Oração”, o texto de Arrabal também é utilizado de maneira diferenciada, requisitando a criação ativa dos atores, responsáveis pelas novas cenas e subtítulo “A Tragicomédia Humana” acrescentados ao roteiro original. Destaque também para a cenografia e iluminação do uruguaio Waldo León, também ponto forte em “Oração”. Para o processo, o diretor Maurício Vogue partiu do pressuposto de que estamos todos condenados. Em conseqüência, tudo no espetáculo quer demonstrar as inúmeras culpas e condenações que fomos acumulando durante toda a existência. Entretanto, apesar do panorama nada alentador, a montagem sugere uma visão otimista para o mundo e toda a humanidade, quer mostrar que há sempre uma esperança, e –pieguices à parte – que o caminho do amor parece ser a redenção a todas as condenações. Verdade ou não, cabe a cada um julgar, ou será que não? Mais que uma síntese, o trabalho em A Bicicleta do Condenado busca complementar a discussão aberta nas montagens anteriores. O espetáculo também faz uma tentativa de contextualizar o texto de 1959, escrito a partir da realidade européia, mais especificamente espanhola – no auge do Franquismo, ano em que foi realizada a primeira reunião do Conselho de Direitos Humanos Europeu e em que se constituía a organização basca ETA – à realidade que vivemos no final da primeira década do século 21, abordando as relações de liberdade, opressão e justiça às quais estamos submetidos.
Elenco:Isidoro Diniz, Giovana de Liz, Jéssica Beatriz, Mariana Gómez e Rogério Halila.
Direção Artística: Mauricio Vogue.
Coordenação Projeto Arrabal: Isidoro Diniz.
Produtora Executiva: Jéssica Beatriz.
Preparadora Corporal: Mariana Gómez.
Figurino: Áldice Lopes.
Sonoplastia: Cesarti.
Iluminação e Cenário: Waldo León.
Assessoria de Imprensa: João Graf.